1. ASPECTOS HISTÓRICOS E CULTURAIS
1.1 HISTÓRICO
Segundo Theodoro Braga, Palma Muniz, Carlos Roque e Canos Fonseca, as origens do município de Bonito estão vinculadas aos processos históricos de constituição dos espaços territoriais dos municípios de lrituia e São Miguel do Guamá.
Segundo o quadro de divisão territorial do Estado, de 31 de dezembro de 1937, Bonito constituía-se distrito de lrituia, juntamente com Caju, lrituia, Conceição de lrituia, Mututuí, São Gregório e Santa Rita Durão. Entretanto, essa condição não é mantida nos anos seguintes, de acordo com o quadro anexo ao Decreto-Lei Estadual n° 2.972, de 31 de março de 1938, e com a divisão territoal do Estado, vigente no qüinqüênio 1939-1943 e que fora fixada pelo Decreto-Lei Estadual n°3.131, de 31 de outubro de 1938.
A partir de 1938, Bonito integrou o patrimônio territorial do município de São Miguel do Guamá, também na qualidade de distrito, segundo as disposições contidas no Decreto-Lei Estadual n° 4.505, de 30 de dezembro de 1943. Ainda por esse mesmo dispositivo legal, o município de São Miguel do Guamá passou a ser denominado, unicamente, de Guamá. Porém, anos depois, voltou a vigorar o antigo topônimo.
Devido ao acentuado desenvolvimento econômico e social alcançado pelo distrito, Bonito foi elevado à categoa de Município, mediante a Lei n° 1.127, de 11 de março de 1955, desfazendo, assim, o seu vínculo com o município de Guamá. Essa Lei, todavia, foi considerada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal, em acórdão de 4 de outubro de 1955. Por sua parte, o Governo Estadual tornou insubsistentes o desmembramento e a emancipação, amparado pelo Decreto n° 1.946, de 26 de janeiro de 1956. Dessa maneira, Bonito permaneceu como distrito de Guamá.
Em 1950, segundo a Enciclopédia dos Municípios do Brasil, a Vila do distrito de Bonito era considerada como uma das mais importantes aglomerações urbanas do município de Guamá, com 527 habitantes, dos quais 282 eram homens e 245 mulheres. De igual forma, a mesma fonte informa que, segundo estimativas do extinto Departamento Estadual de Estatistica, o Distrito como um todo contava com 4.133 habitantes.
Segundo o disposto pela Lei Estadual n° 2.460, de 29 de dezembro de 1961, finalmente, o município de Bonito concretizou a sua emancipação e o seu desmembramento do município de São Miguel do Guamá. A partir dessa data, Bonito ganhou autonomia municipal, configurando a sua área patrimonial com terras desmembradas de São Miguel do Guamá, parte do disffito de Pirabas, do município de Bragança, partes dos distritos de Nova Timboteua e Peixe Boi e partes dos distritos de Capanema e Ourém, segundo indica Canos Fonseca, na sua “Sinopse da Históa dos Municípios do Pará”.
Atualmente, o município é constituído apenas pelo distrito-sede (Bonito).
1.2 CULTURA
A manifestação religiosa de maior expressão no município de Bonito é a festa em homenagem ao santo padroeiro do lugar, São Pedro. As comemorações são realizadas no dia 20 de junho, e contam com missa, procissão, novenas e arraial.
Hoje em dia, as manifestações da cultura popular são raras na cidade de Bonito. A população local trocou as antigas brincadeiras de pássaros, bois-bumbás, quadrilhas e outros grupos típicos (que não sobreviveram), pela programação dos canais de televisão da capital do Estado como forma de divertimento. Entretanto, foram mantidas as festas dançantes nos fins de semana.
O artesanato local é pouco variado . As peças são de caráter utilitário, destacando-se os cintos e os remos, confeccionados pelos artesãos a partir da utilização do couro e da madeira.
O município de Bonito não apresenta nenhuma construção que possa ser enquadrada na qualidade de monumento histórico propriamente dito. Entretanto, não se pode deixar de apreciar a beleza da igreja Matriz e dos prédios da escola de 1° Grau da Prefeitura Municipal.
No Município, é possível destacar a Biblioteca Municipal e a Casa da Cultura como os centros de preservação e difusão da cultura local.
ASPECTOS FÍSICO-TERRITORIAIS
1.3 LOCALIZAÇÃO
O Município de Bonito pertence à Mesorregião do Nordeste Paraense e à Microrregião Bragantina. A sede municipal tem as seguintes coordenadas geográficas: 010 21’ 48” de latitude Sul e 47° 18’ 21” de longitude a Oeste de Greenwich.
1.4 LIMITES
Ao Norte - Municípios de Peixe-Boi e Nova Timboteua
A Leste - Municípios de Ourém, Santa Luzia do Pará, Tracuateua e Capanema
Ao Sul - Municípios de São Miguel do Guamá e Ourém
A Oeste - Municípios de Nova Timboteua e Santa Maria do Pará
1.5 SOLOS
No Município, há predominância dos solos: Latossolo Amarelo, textura média, e Concrecionário Laterítico, além das Areias Quartzosas e Podzólico Hidromórfico.
1.6 VEGETAÇÃO
É representada, predominantemente, pela Floresta Secundária, proveniente da remoção da cobertura florestal primáa
(Floresta Densa dos baixos platôs), para a implantação de cultivos de subsistência, e por extensas pastagens artificiais.
Da mesma forma, em substituição à Floresta Original, estão sendo implantados cultivos de espécies frutíferas.
Ao longo os riachos e outros cursos d’ água, encontra-se a Floresta da Galeria.
1.7 PATRIMÔNIO NATURAL
A alteração da cobertura vegetal, observada em imagens LANDSAT-TM, do ano de 1986, foi de quase 100%, o que é
um dado preocupante do ponto de vista ambiental, com influências diretas sobre o microclima, a precipitação
pluviométrica, a erosão, etc.
A nascente do rio Caeté, que banha a cidade de Bragança, localiza-se no município de Bonito e necessita de trabalhos
ecológicos para garantir sua conservação.
1.8 TOPOGRAFIA
De vaação topográfica inexpressiva, como ocorre no contexto de sua Microrregião, Bonito tem como referência altimétrica a cota da sede municipal, em torno de 60 metros, que corresponde à média altimétrica para o município, com a cota máxima de 84 metros ao sul.
1.9 GEOLOGIA E RELEVO
O arcabouço geológico do Município é representado pelos sedimentos Terciários da Formação Barreiras (arenitos, siltitos) e Quaternários Subatual e Recente. O relevo, que constitui em suas formas um reflexo dessa estruturação, apresenta-se bastante suave, representado pelos tabuleiros, terraços e pequenas várzeas, inseridos na unidade moríoestrutural de planalto.
1.10 HIDROGRAFIA
A hidrografia do Município caracteriza-se por conter as nascentes de alguns rios importantes da Microrregião Bragantina, tais como: o rio Peixe-Boi, que banha a sede municipal no centro do seu tertório,mudando de rumo, até alcançar os limites do município homônimo; o rio Taciateua, que limita o territóo de Bonito, a oeste , com o Município de Santa Maa do Pará e o seu afluente, o igarapé Galho Grande; os formadores do rio Mururé, os igarapés Jordão e Maratinica, que seguem no rumo sul; o rio Caeté, afluente pela margem direita do rio Peixe-Boi.
1.11 CLIMA
O Município apresenta clima do tipo mesotérmico e úmido. A temperatura anual é elevada, em torno de 25° C. O período mais quente apresenta médias mensais em torno de 25, 5° C, e temperaturas mínimas em torno de 20°C.
O regime pluviométrico fica, geralmente, próximo a 2.250 mm. As chuvas, apesar de regulares, não se distribuem igualmente durante o ano; a sua maior concentração (cerca de 80%) acontece no período de janeiro a junho, implicando grandes excedentes e, consequentemente, grandes escoamentos superficiais e o fenômeno das cheias dos rios. A umidade relativa ao ar gira em torno de 85%.
1.1 HISTÓRICO
Segundo Theodoro Braga, Palma Muniz, Carlos Roque e Canos Fonseca, as origens do município de Bonito estão vinculadas aos processos históricos de constituição dos espaços territoriais dos municípios de lrituia e São Miguel do Guamá.
Segundo o quadro de divisão territorial do Estado, de 31 de dezembro de 1937, Bonito constituía-se distrito de lrituia, juntamente com Caju, lrituia, Conceição de lrituia, Mututuí, São Gregório e Santa Rita Durão. Entretanto, essa condição não é mantida nos anos seguintes, de acordo com o quadro anexo ao Decreto-Lei Estadual n° 2.972, de 31 de março de 1938, e com a divisão territoal do Estado, vigente no qüinqüênio 1939-1943 e que fora fixada pelo Decreto-Lei Estadual n°3.131, de 31 de outubro de 1938.
A partir de 1938, Bonito integrou o patrimônio territorial do município de São Miguel do Guamá, também na qualidade de distrito, segundo as disposições contidas no Decreto-Lei Estadual n° 4.505, de 30 de dezembro de 1943. Ainda por esse mesmo dispositivo legal, o município de São Miguel do Guamá passou a ser denominado, unicamente, de Guamá. Porém, anos depois, voltou a vigorar o antigo topônimo.
Devido ao acentuado desenvolvimento econômico e social alcançado pelo distrito, Bonito foi elevado à categoa de Município, mediante a Lei n° 1.127, de 11 de março de 1955, desfazendo, assim, o seu vínculo com o município de Guamá. Essa Lei, todavia, foi considerada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal, em acórdão de 4 de outubro de 1955. Por sua parte, o Governo Estadual tornou insubsistentes o desmembramento e a emancipação, amparado pelo Decreto n° 1.946, de 26 de janeiro de 1956. Dessa maneira, Bonito permaneceu como distrito de Guamá.
Em 1950, segundo a Enciclopédia dos Municípios do Brasil, a Vila do distrito de Bonito era considerada como uma das mais importantes aglomerações urbanas do município de Guamá, com 527 habitantes, dos quais 282 eram homens e 245 mulheres. De igual forma, a mesma fonte informa que, segundo estimativas do extinto Departamento Estadual de Estatistica, o Distrito como um todo contava com 4.133 habitantes.
Segundo o disposto pela Lei Estadual n° 2.460, de 29 de dezembro de 1961, finalmente, o município de Bonito concretizou a sua emancipação e o seu desmembramento do município de São Miguel do Guamá. A partir dessa data, Bonito ganhou autonomia municipal, configurando a sua área patrimonial com terras desmembradas de São Miguel do Guamá, parte do disffito de Pirabas, do município de Bragança, partes dos distritos de Nova Timboteua e Peixe Boi e partes dos distritos de Capanema e Ourém, segundo indica Canos Fonseca, na sua “Sinopse da Históa dos Municípios do Pará”.
Atualmente, o município é constituído apenas pelo distrito-sede (Bonito).
1.2 CULTURA
A manifestação religiosa de maior expressão no município de Bonito é a festa em homenagem ao santo padroeiro do lugar, São Pedro. As comemorações são realizadas no dia 20 de junho, e contam com missa, procissão, novenas e arraial.
Hoje em dia, as manifestações da cultura popular são raras na cidade de Bonito. A população local trocou as antigas brincadeiras de pássaros, bois-bumbás, quadrilhas e outros grupos típicos (que não sobreviveram), pela programação dos canais de televisão da capital do Estado como forma de divertimento. Entretanto, foram mantidas as festas dançantes nos fins de semana.
O artesanato local é pouco variado . As peças são de caráter utilitário, destacando-se os cintos e os remos, confeccionados pelos artesãos a partir da utilização do couro e da madeira.
O município de Bonito não apresenta nenhuma construção que possa ser enquadrada na qualidade de monumento histórico propriamente dito. Entretanto, não se pode deixar de apreciar a beleza da igreja Matriz e dos prédios da escola de 1° Grau da Prefeitura Municipal.
No Município, é possível destacar a Biblioteca Municipal e a Casa da Cultura como os centros de preservação e difusão da cultura local.
ASPECTOS FÍSICO-TERRITORIAIS
1.3 LOCALIZAÇÃO
O Município de Bonito pertence à Mesorregião do Nordeste Paraense e à Microrregião Bragantina. A sede municipal tem as seguintes coordenadas geográficas: 010 21’ 48” de latitude Sul e 47° 18’ 21” de longitude a Oeste de Greenwich.
1.4 LIMITES
Ao Norte - Municípios de Peixe-Boi e Nova Timboteua
A Leste - Municípios de Ourém, Santa Luzia do Pará, Tracuateua e Capanema
Ao Sul - Municípios de São Miguel do Guamá e Ourém
A Oeste - Municípios de Nova Timboteua e Santa Maria do Pará
1.5 SOLOS
No Município, há predominância dos solos: Latossolo Amarelo, textura média, e Concrecionário Laterítico, além das Areias Quartzosas e Podzólico Hidromórfico.
1.6 VEGETAÇÃO
É representada, predominantemente, pela Floresta Secundária, proveniente da remoção da cobertura florestal primáa
(Floresta Densa dos baixos platôs), para a implantação de cultivos de subsistência, e por extensas pastagens artificiais.
Da mesma forma, em substituição à Floresta Original, estão sendo implantados cultivos de espécies frutíferas.
Ao longo os riachos e outros cursos d’ água, encontra-se a Floresta da Galeria.
1.7 PATRIMÔNIO NATURAL
A alteração da cobertura vegetal, observada em imagens LANDSAT-TM, do ano de 1986, foi de quase 100%, o que é
um dado preocupante do ponto de vista ambiental, com influências diretas sobre o microclima, a precipitação
pluviométrica, a erosão, etc.
A nascente do rio Caeté, que banha a cidade de Bragança, localiza-se no município de Bonito e necessita de trabalhos
ecológicos para garantir sua conservação.
1.8 TOPOGRAFIA
De vaação topográfica inexpressiva, como ocorre no contexto de sua Microrregião, Bonito tem como referência altimétrica a cota da sede municipal, em torno de 60 metros, que corresponde à média altimétrica para o município, com a cota máxima de 84 metros ao sul.
1.9 GEOLOGIA E RELEVO
O arcabouço geológico do Município é representado pelos sedimentos Terciários da Formação Barreiras (arenitos, siltitos) e Quaternários Subatual e Recente. O relevo, que constitui em suas formas um reflexo dessa estruturação, apresenta-se bastante suave, representado pelos tabuleiros, terraços e pequenas várzeas, inseridos na unidade moríoestrutural de planalto.
1.10 HIDROGRAFIA
A hidrografia do Município caracteriza-se por conter as nascentes de alguns rios importantes da Microrregião Bragantina, tais como: o rio Peixe-Boi, que banha a sede municipal no centro do seu tertório,mudando de rumo, até alcançar os limites do município homônimo; o rio Taciateua, que limita o territóo de Bonito, a oeste , com o Município de Santa Maa do Pará e o seu afluente, o igarapé Galho Grande; os formadores do rio Mururé, os igarapés Jordão e Maratinica, que seguem no rumo sul; o rio Caeté, afluente pela margem direita do rio Peixe-Boi.
1.11 CLIMA
O Município apresenta clima do tipo mesotérmico e úmido. A temperatura anual é elevada, em torno de 25° C. O período mais quente apresenta médias mensais em torno de 25, 5° C, e temperaturas mínimas em torno de 20°C.
O regime pluviométrico fica, geralmente, próximo a 2.250 mm. As chuvas, apesar de regulares, não se distribuem igualmente durante o ano; a sua maior concentração (cerca de 80%) acontece no período de janeiro a junho, implicando grandes excedentes e, consequentemente, grandes escoamentos superficiais e o fenômeno das cheias dos rios. A umidade relativa ao ar gira em torno de 85%.
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