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Augusto Corrêa

1 ASPECTOS HISTÓRICOS E CULTURAIS

1.1 HISTÓRICO
As ogens do município de Augusto Corrêa remotam ao ano de 1895, quando, sob a denominação de Urumajó, constituía um povoado de Bragança, elevado a essa categoa pela Lei n° 394, de 6 de julho daquele ano.
Em 1898, o povoado de Urumajó foi constituído em vila, de acordo com a Lei n° 567, de 7 de julho. Entretanto, segundo o historiador Theodoro Braga, as primeiras referências de ocupação de Urumajó datam de 1875, quando seus moradores construíram uma capela, sob a invocação de São Miguel.
A primeira tentativa de constituição do município de Urumajó foi realizada em 1955, através da Lei n° 1.127, de 11 de março, a qual foi considerada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal, em 4 de outubro do mesmo ano. Porém esse desmembramento veio a ocorrer através da Lei Estadual n° 2.460, de 29 de dezembro de 1961, que criou o Município com a nova denominação de Augusto Corrêa, com territóo desmembrado de Bragança.
O topônimo de Augusto Corrêa foi outorgado ao Município, em 1961, em homenagem ao político paraense natural do município de Bragança e líder antibaratista, eleito pelo povo bragantino para duas legislaturas estaduais consecutivas - 1947 e 1955 -, sendo reeleito para o legislativo seguinte, o qual não conseguiu completar devido o seu falecimento. Presidiu várias vezes a Assembléia Legislativa do Estado.
Atualmente, o município de Augusto Corrêa é composto pelos distritos de Augusto Corrêa (sede), Aturiaí, Emboraí e Itapixuna.

1.2 LOCALIZAÇÃO
O município de Augusto Corrêa pertence à Mesorregião do Nordeste Paraense e à Microrregião Bragantina.
A sede municipal tem as seguintes coordenadas geográficas: 010 01’ 45” de latitude Sul e 46° 38’ 57” de longitude a
Oeste de Greenwich.

1.3 LIMITES
Ao Norte - Oceano Atlântico
A Leste - Município de Viseu
Ao Sul - Município de Bragança
A Oeste - Município de Bragança

1.4 SOLO
No município, predominam, em maiores proporções, o Latossolo Amarelo, textura média, e o Latossolo Amarelo
cascalhento, na terra firme. Nas áreas litorâneas, os solos Indiscriminados de mangues.
Em menores proporções (pequenas manchas), ocorrem os solos Plintossolo, Podzólico Vermelho-Amarelo e Gley
Pouco Húmido.

1.5 VEGETAÇÃO
O predomínio vegetal no Município é dos manguezais, com suas espécies características Rhyzophora mangle e Avicennia nitida, nas faixas litorâneas e semi-litorâneas, onde existe influência da salinidade do mar. As terras firmes são recobertas por Florestas Secundárias, que sucederam à Floresta Densa dos baixos platôs da região Pará/Maranhão.
São importantes, também, pelo aspecto da conservação do meio ambiente, as matas ciliares, ao longo das margens dos pequenos cursos d’água e pequenas formações campestres, que aparecem na transição dos manguezais para as terras firmes.

1.6 PATRIMÔNIO NATURAL
O desmatamento, até o ano de 1986, de acordo com imagens LANDSAT-TM, foi de 44,03%, sendo que, por tipo de
vegetação, o manguesal estava virgem em relação aos outros tipos de vegetação. Numerosas baías e ilhas com praias
e manguesais formam um conjunto litorâneo cênico, a par com um conjunto litorâneo fluvial formado pelos rios
Urumajó, Caeté, Aturaí, Emboraí e outros.

1.7 TOPOGRAFIA
Não se tem referência alguma sobre a topografia desse Município. Entretanto, pela similadade com outros que lhe são contíguos, pode-se firmar que apresenta cotas altimétricas a poucos metros acima do nível do mar, com a sua média estando a cerca de 15 metros de altitude.

1.8 GEOLOGIA E RELEVO
O arcabouço geológico do Município é caracterizado, predominantemente, por sedimentos de idade Terciária que constituem a Formação Barreiras (arenitos, argilitos caolíticos e siltitos), compondo cerca de 90% de seu território, e por sedimentos Inconsolidados do Quaternário Antigo e Recente, estes posicionados, preferencialmente, em torno da faixa litorânea, constituída das áreas de praias e zonas inundáveis.
A simplicidade geológica reflete-se, diretamente, em suas formas de relevo, apresentando, ao norte, planícies litorâneas e flúvio-marinhas, onde predominam feições, como praias, dunas e falésias, estas últimas esculpidas sobre rochas de Formação Barreiras, que se estendem para as porções centro e sul do Município, onde predominam feições tabuliformes, com dissecação em forma de colinas de topo aplainado, com vales pouco profundos. Esse conjunto de caracteres está inserido, regionalmente, nas unidades moríoestruturais do Planalto Rebaixado da Amazônia (Zona Bragantina) e Litoral de “Rias” e Lençóis Maranhenses.

1.9 HIDROGRAFIA
A característica pncipal de sua hidrografia é a de conter, em seu território, portentosas e amplas baías litorâneas, para onde converge toda a intensa rede de drenagem do Município.
A noroeste, destaca-se a baía do Caeté, que recebe, neste quadrante, os rios: Caeté, limite ocidental com Bragança; Urumajó, que banha a sede municipal, próximo de sua foz, e que tem como pncipal afluente, pela margem esquerda, o rio Tijoca; Aturaí, na porção central, cujas nascentes estão contidas no Município.
A nordeste, destacam-se as baías do Emboraí, do Chum e do Camará-Açu. Para a primeira, digem-se os os Emboraí, que secciona a porção central do município com direção geral Sul/Norte, e Araí, que guarda certo paralelismo com o Emboraí. Para a baía do Chum, dirigi-se o rio Emboranunga, limite natural oriental, com o município de Viseu.
Destaca-se, ainda, no contexto hidrográfico de Augusto Corrêa, a presença de numerosas e importantes ilhas, tais como: Coroa Comprida, Ponta do Cardoso, Ponta do Rodrigo, Camará-Açu ou do Meio e da Coroa Seca.

1.10 CLIMA
O Município apresenta o clima do tipo AW1, da classificação de Kõppen, com as seguintes características: reduzida amplitude térmica, índice pluviométrico anual de 2.100 mm, com as chuvas predominando nos seis primeiros meses do ano e índice pluviométrico de 90%. Seu balanço hídrico, segundo a classificação de Thornwaite, corresponde ao clima B2 s’A’a”, ou seja, úmido com moderada deficiência no verão,L ou .?) megatérmico, com evapo-transpiração potencial de 1.579 mm, com excelente hídco de fevereiro a junho, e deficiência hídrica de 523 mm, entre os meses de agosto a dezembro.

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